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domingo, 7 de julho de 2013

Para onde vão as palavras que eu não publico

Não escrevo, eu vivo. As palavras acumulam num montinho junto à minha porta, tropeço nelas quando levanto da cama de manhã cedo. Tento ignorá-las sem parecer que as abandonei, mas elas sempre aparentam estar tão solitárias em seus montinhos, mesmo quando estes só fazem aumentar de tamanho. Não escrevo, eu choro. Muitas outras ideias, algumas assustadoras, passam pela minha cabeça, mas eu apenas choro e tudo está bem de novo. Quando escrevo, não publico. Minhas palavras ficam perdidas nas páginas da minha agenda, na caixa de entrada do meu e-mail e em folhas soltas na minha gaveta, bem com nos montinhos espalhados pela minha casa. A quantidade de montinhos de palavras está realmente chegando a níveis alarmantes. Uma hora ou outra, vou ter que dar um destino a elas e acho que elas não vão se conformar em ser jogadas em uma página ou arquivo qualquer.

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